quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

1° LP do Borghesia relançado pela Dark Entries

Depois de tanto tempo, finalmente alguém resolve fazer uma reedição do que, em minha opinião, é uma verdadeira joia do leste europeu no que diz respeito à música eletrônica. Sendo fiel à edição original do Ljubav Je Hladnija Od Smrti – o amor é mais frio do que a morte – este também será em vinil vermelho e com a mesma arte de 1985. Apesar de as músicas serem cantadas em esloveno, isso passará longe de ser um problema, pois a música é muito boa. Recomendo para quem gosta de coisas na linha industrial do fim dos anos 70, poderia descrever esse álbum como uma mistura saudável de industrial com elementos de new wave oitentista.

O preço desse lançamento em particular até que está amistoso, eu recomendo a quem gosta que não pense muito antes de comprar, esse eu imagino que vá esgotar rápido, a coletânea de fitas do Neon Judgement esgotou em mais ou menos um mês, para sorte de quem perdeu, foi relançada, mas com arte em outra cor (ok, prefiro azul mesmo).



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Baixo de música do Chemical Brothers veio de uma do 23 Skidoo

Frequentemente eu ouço música durante o trabalho nos fones – assim, não preciso me preocupar com a reação alheia – e num dia desses resolvi ouvir pela primeira vez a reedição de “The Gospel Comes to New Guinea” do 23 Skidoo. Quando chegou na música Coup, qual foi minha surpresa ao ter a sensação de que já ouvira aquele baixo em algum lugar antes? Em poucos segundos descobri que essa base foi usada em Block Rockin Beats do Chemical Brothers. Até onde sei, o sample não foi creditado. Antes que alguém se revolte, isso não é uma acusação, apenas uma constatação.

Talvez não seja novidade para algumas pessoas, mas achei curioso a ponto de querer registrar, e levando em conta que 23 Skidoo não é conhecidíssimo por aqui. Compare.

23 Skidoo - Coup


Chemical Brothers - Block Rockin' Beats

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Killing Joke - Absolute Dissent


Killing Joke teve seu primeiro álbum publicado em 1980 e, desde então, vem criando música que desafia definições e atrai admiradores dos mais diversos estilos. As formações variaram ao longo dos anos, mas sempre com dois membros constantes, Jaz Coleman (vocais e teclado) e Geordie (guitarra), a sonoridade também variou bastante nesses anos todos, com músicas que poderiam ser enquadradas como punk, industrial, progressivo, gótico, etc. e, ainda assim, mantendo uma identidade inconfundível com os vocais tensos, guitarra de acordes esparsos, baixo bem pronunciado e as batidas quase tribais – especialmente no começo de carreira.

Absolute Dissent é o fruto mais recente dos 31 anos de estrada dessa banda que até hoje intriga e instiga os ouvidos de muitos. De volta à formação original – pela primeira vez desde 1983 – o mínimo que isso poderia gerar é muita expectativa, eu mesmo, sempre torcia para que um dia Big Paul voltasse à bateria da banda. O resultado compensou a espera, Absolute Dissent é um trabalho variado, maduro e bem produzido, combinando músicas mais melódicas, algumas com base eletrônica mais evidente – como a dançante European Super State – e, claro, as mais pesadas, como Depth Charge e Fresh Fever.

Os momentos mais introspectivos ficam por conta de In Excelsis, que, apesar da batida mais lenta e bem marcada, ainda consegue ser bem ruidosa; Honour The Fire, que tem aquela sensação de música para se ouvir em fins de tarde ensolarados; a quase dub Ghost of Ladbroke Grove e, para finalizar, The Raven King, que, como o nome sugere, é uma homenagem ao falecido Paul Raven, que foi baixista da banda de 1984 até o início dos anos 90, depois sendo substituído pelo baixista original, Youth.

Detalhe bastante interessante é que a faixa título lembra bastante uma das faixas mais tocadas por eles ao vivo, Pssyche, de 1980, apesar da similaridade e da conseqüente nostalgia, não soa nada datada. Here Comes Singularity, penúltima faixa, fecha a agitação com riffs de guitarra no estilo mais punk possível, para então ser sucedida pela viajante Ghost of Ladbroke Grove.

O que eu apostaria facilmente como um hit em casas noturnas é a European Super State, com batidas bem marcadas e dançantes e base eletrônica, seria uma fortíssima candidata para tal fim.

Na década passada, Killing Joke não desapontou nem de longe a meu ver, mas começou essa mandando incrivelmente bem, Absolute Dissent é a prova de que não se deixaram vencer pelo tempo ou ceder à máxima de que não se inventa mais nada de novo na música hoje em dia. Eles continuam, como sempre, seguindo o estilo bem característico e complexo de definir que os fez famosos.







terça-feira, 12 de outubro de 2010

Músicas do "futuro" II

Essa continuação se deve especialmente ao fato de alguns artistas que eu deveria ter incluído na anterior, e ficaram de fora, seja por conta do meu esquecimento, seja por falta de idéia prévia.

Ainda seguindo a premissa do que eu escrevi anteriormente, não poderia deixar de fora coisas como Aviador Dro, da Espanha e suas músicas totalmente inspiradas em aparatos tecnológicos e suas respectivas conseqüências; Clock DVA, que eu costumo ver como o que seria se o Krafwerk tivesse uma visão mais sombria sobre a tecnologia, e é claro, Azul 29 e Agentss que deixam o Brasil dentro dessa lista com grande estilo.



Nuclear Sí, por supuesto! O hino do terror que a ameaça radiativa causava no nosso passado não tão distante.


La Televisíon es Nutritiva, acho que isso pode ser um ótimo retrato da infância de hoje em dia, mais uma das profecias musicais do passado não tão distante.


Vídeo da famosa The Hacker do Clock DVA, nem sempre a sonoridade da banda foi assim. Entre o fim dos 70 e começo dos 80, Adi Newton, que foi membro da primeira formação do Human League, preferia uma sonoridade menos eletrônica, Clock DVA no começo fazia um rock mais experimental, para partir para a música eletrônica só no fim da década de 80.


Agentss, uma das bandas brasileiras a seguirem esse tipo de temática, hoje em dia um pouco esquecidos, mas nem por isso desinteressantes. Obs: a capa no vídeo é do primeiro compacto, e não do segundo, onde saiu a música em questão.


Videogame do Azul 29, ao vivo no Gallery em 1984, casa noturna célebre na época, hoje em dia só existe nas lembranças. Atentem para os tipos da época.


E, é claro, para encerrar com chave de ouro, The Robots, do Kraftwerk

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Hula


Um dia recomendei Hula para uma amiga, e não consegui achar nada no youtube para mostrar para ela, eis que dia dessas ela, por acidente, encontra vários vídeos. O nome da banda vem de uma vila onde os membros da viviam - em Sheffield, na Inglaterra - Hula Kula. O primeiro EP do Hula, Black Pop Worktout, foi produzido por Stephen Mallinder do Cabaret Voltaire.

O som pode ser definido com uma mistura de elementos de idustrial e funk, a maior parte das músicas consistem em baixo, bateria, teclados, um overdose de samples e vocais processados. Os primeiros trabalhos em especial eram mais barulhentos, às vezes caóticos, intercalados com algumas poucas músicas somente instrumentais com um ar mais "trilha sonora". Com o passar dos anos a sonoridade ficou um pouco mais clean, mas sem perder peso e personalidade (coisa rara a meu ver!). Infelizmente, depois da falência da gravadora Red Rhino, que era responsável por quase todos os lançamentos deles, não houve uma relação feliz com o selo Wax Trax, o que culminou no fim da existência do Hula, até pouco tempo atrás.

Recentemente li em um fansite que a banda se reuniu e provavelmente algo seria anunciado nesse ano, confesso que fiquei bastante curioso. Quem sabe teremos de brinde a liberação do álbum de 91, que nunca foi lançado, e diz-se ter sido o melhor trabalho deles de todos os tempos até então - por parte dos poucos que tiveram acesso.



Poison (Club Mix), do 12" de mesmo nome, a versão original saiu no LP Voice de 86.




Lado B do EP Cut me Loose de 87.






Tear Up, do LP Murmur de 84




Ignoring The Famine, do EP de estréia Black Pop Workout de 82.

Links

sábado, 2 de outubro de 2010

Kim Ki O

Hoje fui ver se tinha mensagens importantes no meu email para fins profissionais, e lá tinha um dos informes da Enfant Terrible (isso não deveria estar lá, eu sei) sobre uma banda chamada Kim Ki O, já tinha ouvido falar desse nome mas não tinha dado muita atenção, talvez por não saber que era coisa deles. No email tinha links para resenhas e clips de áudio, cliquei para ver qual era a coisa. Moral da estória, a banda é uma dupla de turcas que faz um som meio difícil de descrever com exatidão, imagine linhas de teclado bem viajantes + baixo à la Peter Hook + vocais femininos = Kim Ki O. Uma coisa com um pouco de New Order, um pouco de 4 AD e ainda dizem que tem uma certa pitada de kraut no meio (não discordaria).

Depois de lançar algumas coisas em CDR com distribuição reduzida, agora sai o primeiro LP delas: Dance with us…, pela Enfant Terrible.

Imagino que outros também terão impressão de que o nome faz alusão à personagem Kikyou do anime Inuyasha. Mas não há ainda comprovação disso.


Aprenda neste vídeo a dancinha para invocar o homem jegue! Não recomendado para pessoas que possuem distúrbios de equilíbrio, tais como labirintite.

Links

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Minhas impressões sobre New Model Army em São Paulo, 2010


Primeiramente, digo que não evitarei a passionalidade nas coisas que direi a seguir. New Model Army foi uma das bandas que eu mais ouvi nos tempos do colégio, de 94 a 96. Claro que não deixei de ouvir até hoje, mas me faz lembrar especialmente dessa época da minha vida, por isso posso dizer que vê-los tocar ao vivo tem aquela sensação especial de desejo adolescente realizado (pela segunda e terceira vez) depois de muitos anos.

Sabendo previamente que eles não tocariam o mesmo set nas duas noites - aprendi em 2007 do pior jeito - garanti logo os dois ingressos. Pensei que fosse ser um dos poucos malucos a fazer isso, mas posso dizer que vi no sábado muitas das pessoas que vi na sexta, quem sabe isso serve de incentivo para que os tragam mais vezes. O show de 2007 na Clash não deixou nada a desejar, mas achei o espaço do Citibank Hall ainda melhor por conta do espaço e da acústica. 

Em ambas as noites tivemos uma abertura mais acústica e com baladinhas, inclusive versões de músicas que não são assim originalmente, como Courage e Heroes por exemplo, que ficaram muito boas nas versões mais acústicas. Claro que não faltou a clássica Better Than Them na abertura do primeiro show em versão voz e violão. E não posso deixar de dizer que fiquei muito feliz de poder ouvir Drummy B ao vivo.

O segundo ato consistia das mais agitadas, em primeiro lugar vale pontuar que tocaram músicas de todas as fases desde o início de carreira até hoje, infelizmente não sou tão bem informado acerca dos trabalhos mais recentes deles, mas no geral posso dizer que ao vivo tudo que eles tocam fica bom. Tivemos a oportunidade rara de ouvir pérolas do início de carreira ao vivo, no caso Vengeance, Liberal Education, Christian Militia e Betcha (ok, nem eu esperaria por essa!), incrível como depois de quase 30 anos essas músicas soam ainda melhores do que na qualidade de gravação da época em que foram lançadas. No show de 2007, eu senti falta de faixas do Vengeance e do No Rest ao vivo, dessa vez não pude reclamar, especialmente por Drag It Down - com sua letra altamente crítica aos valores consumistas e superficiais - e No Rest que eu considero o hino da insônia por conta do refrão.

Eu sempre me perguntava como tocariam músicas como Purity e Vagabonds sem violino ao vivo, Green and Grey eu já vi e não foi nada muito complexo, teclado resolve, com Purity foi a mesma coisa, a melodia do violino foi tirada no teclado, muito bem por sinal. Agora o caso mais interessante é com Vagabonds, onde a melodia do violino é tirada na guitarra mesmo, extremamente aguda no caso, o resultado é no mínimo impressionante.

Um show no Brasil não seria completo sem The Hunt e 51st State que têm uma energia ainda maior ao vivo. Resumindo, quando os vi ao vivo em 2007 pensei, próxima chance que tiver não deixo de ver as duas noites deles no Brasil, por sorte tive a chance. Além de músicos extremamente competentes, ainda somos brindados com os "causos" que Justin Sullivan conta em alguns intevalos entre as músicas. Além disso ainda temos o bis de quatro músicas em cada noite, resultando em quase 3 horas de show por noite. 

Para saber os setlists de cada noite, e ainda os de 2007 se a curiosidade for muito grande, cliquem aqui.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Deepland + Vanquish Fest


Olá, tocarei nessa edição da festa uma seleção de eletroniquices antigas e atuais, esperem por coisas boas como Portion Control, DAF, Vomito Negro e outros.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Músicas do "futuro"

A era espacial não foi algo que passou despercebido na música, elementos disso podem ser facilmente percebidos em letras, estética visual e, em alguns casos a música em si tem aquele ar "futurista". Apesar do grande boom da música eletrônica nos anos 90, os anos dourados do sci-fi musical foram, para mim, anos 70 e 80. Provavelmente, não por coincidência levando em conta alguns eventos como: o homem pisando na Lua, o surgimento dos primeiros computadores pessoais e primeiros videogames, acrescente a isso filmes como Star Wars, 2001 e Star Trek, tudo isso somado ao estilo de vida caótico das metrópoles pelo mundo formaram uma poderosa e motivadora inspiração.

Uma observação superficial levaria a crer que esse fenômeno se restringiu à música eletrônica, mas não mesmo, o rock também teve lá seus representantes bastante expressivos, como Hawkwind e Rockets, duas jóias do "space rock" dos anos 70, com letras voltadas para temas futuristas e bases eletrônicas misturadas com guitarras. Ainda no lado rock da coisa, tínhamos também o Devo com sua paródia à extinção da individualidade, onde todos os integrantes da banda tentavam ficar o mais parecidos possível.

Sem dúvidas que não podemos deixar de fora disso o Kraftwerk, que pode ser considerado o maior representante da tecnologia dentro da música, tanto pelo estilo eletrônico, muitas vezes frio como máquinas, quanto pelos assuntos abordados pelas letras. Não deixemos de fora os Buggles, com a profética Video Killed The Radio Star, que por ironia, ou não, foi o primeiro videoclipe a ser exibido pela MTV americana, fazendo com que começasse a grande era dos videoclipes.

Houve também alguns que tiveram profunda influência por parte do cinema em sua música como os franceses do Droids do começo dos 80, que (como muitos já devem ter pensado) foi inspirado em Star Wars, o nome do hit deles, não por acaso, é The Force, acredito que possa ser enquadrado dentro da onda space disco. Indo além nesse tipo de inspiração temos os suecos do S.P.O.C.K., que, adivinhem só, fazem músicas inspiradas em... Star Trek! O maior hit deles é Never Trust a Klingon, pop eletrônico com senso de humor nerd.

A italo disco dos 80, que nem sempre é italiana, rendeu uma quantidade enorme de músicas e até bandas totalmente voltados para essas temáticas, bons exemplos seriam Cyber People, Laserdance, Koto e os farofentos do Radiorama e Video Kids. Também da Itália (de verdade) tem a banda Krisma com seu rock sintetizado, a música Cathode Mamma, uma grande homenagem aos aparelhos de televisão é quase um hino da sociopatia, na minha opinião.

E, para encerrar, Dee D. Jackson, que fez sucesso na era disco com seu hit Automatic Lover de 77, onde cantava sobre a desumanização do amor fazendo duo com alguém fantasiado de robô. O gosto é discutível, claro, mas vale a menção!

Clique aqui para ver mais clipes neste estilo.




"I Rockets, il gruppo lider de la música electronicca", o space rock francês que foi incorporado pela italo disco de... ah, você sabe de onde.


Hawkwind e seu space rock que fala sobre criogenia e etc, também famosos por ser a banda de onde veio o Lemmy do Motörhead. Provavelmente os reponsáveis pelo nome dos mísseis das séries de jogos Nemesis/Gradius e Salamander.


Droids, mais space disco dos anos 70, com direito a performance e tudo, mais franceses venerados por italianos?


E "facebook killed the real life", o comentário que mais gostei sobre esse vídeo. Apesar do tanto que essa música é conhecida, vale dizer que eles têm muitas outras ótimas e também com essa temática futurísticaretrônerd.


S.P.O.C.K., o pop eletrônico dos viciados em star trek ao vivo.


Radiorama, inesquecível, você não vai esquecer nem que queira!


Laserdace, space synth, preciso dizer mais? Essa é minha versão favorita de Power Run.


Krisma e sua homenagem à TV "I like television sets, because they have voices, for when you are alone".


Dee. D. Jackson ensina sobre o amor no espaço, oh yeah!

sábado, 28 de agosto de 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Portion Control - A Fair Portion cassete

Ultimamente, tem se espalhado em mp3 pela net esse cassete do Portion Control de 1980, mas na verdade é o Private Illusions No.1 que, por algum motivo, foi espalhado como nome de A Fair Portion.

Seria bom demais para ser verdade se algum bom samaritano convertesse o A Fair Portion para mp3, eu consegui só as faixas que saíram no compacto de bônus do box Progress Report (resenha a caminho), e digo que vale MUITO a pena ouvir, espero que passem logo para mp3 isso.

Track list do Private Illusions, para quem quiser renomear as faixas, abaixo:

  1. Cats On A Hot Tin Roof 1:37
  2. Double Vision 2:38
  3. Power Studge And Crust 2:34
  4. White Cubes 2:22
  5. The Mote In Gods Eye 2:01
  6. Go For The Throat 2:13
  7. Slim Waters 2:38
  8. Experiment Stress Project 2:10
  9. Torrid Tale 2:00
  10. Rough Trooper
  11. Kiss Kiss

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Screenshots de Games de 8 e 16 Bits

Recentemente resolvi criar no flickr um álbum só com screenshots de jogos - até agora só os antigos - é interessante observar como era a estética visual das épocas em que alguns desses jogos faziam sucesso, especialmente o futurismo retrô da série Nemesis/Gradius, diria que foi o ocaso da era do futurismo retrô. Veja abaixo o screenshot da versão de MSX do Nemesis, com a paleta de cores limitadas desse computador de 8 bits parece ter mais graça do que a versão arcade, mais refinada e com cores menos extremas.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Pequeno Livro do Rock - Leitura Recomendada I


Escrito e ilustrado pelo cartunista francês Hervé Bourhis, apesar do nome aparentemente restritivo, o que "O Pequeno Livro do Rock" tem de pequeno é só o formato mesmo, pois o conteúdo é bem abrangente, tanto em termos de linha temporal quanto estilos. O livro retrata o histórico do Rock 'n' Roll e da indústria fonográfica desde as origens mais remotas até os dias de hoje. A data de nascimento do rock como estilo musical é incerta e discutível de acordo com o próprio livro - há algumas estipulações, mas nada consensual .

O importante é que além de informação, o livro é uma ótima fonte de diversão e consulta para qualquer hora, em formato HQ, com ilustrações feitas pelo próprio autor desde as bandas até posters e capas de discos. Além do tema central, são abordados outros estilos (da bossa nova ao industrial) e assuntos pertinentes ao cenário de cada época (abordado ano a ano), como a invenção da guitarra elétrica, surgimento das jukebox, etc. De brinde ainda temos as "pop battles" - nome pomposo para comparações entre astros - que comparam os artistas de nichos semelhantes de cada época, por exemplo: Bowie VS Lou Reed, Prince VS Michael Jackson, tudo isso repleto de fatos e ilustrações apresentados em páginas dos anos em que ocorreram.

Dentre as peculiaridades que me interessaram e serviram de inspiração, estão a lista de álbuns de krautrock (72) e o conceito de "NÖVÖ", mais um desses nomes malucos para música eletrônica da época (78) que não pegaram realmente. 

"5 discos de krautrock"
  • Can - Ege Bamyasi
  • Neu! - Neu!
  • Faust - Faust So Far
  • Ash Ra Tempel - Schwingungen
  • Amon Düül II - Wolf City

"5 EPs de NÖVÖ"
  • Amanda Lear - Follow me
  • Kraftwerk - We are the robots
  • Telex - Moskow Diskow
  • The Normal - T.V.O.D.
  • Throbbing Gristle - United

Minha única queixa, deixaram Killing Joke de fora!

domingo, 15 de agosto de 2010

For Against

Banda americana, passou por várias formações, tendo como único membro constante o baixista e vocalista Jeffrey Runnings. For Against é considerado como um dos maiores segredos musicais dos Estados Unidos. Estão ativos de 85 até hoje (com um hiato de 95 a 2008).

Ironicamente, ficaram famosos no meio minimal wave por conta do EP "In The Marshes" de 1990, a faixa Amen Yves saiu na coletânea "Return Of The Banshee" de 95. A maior parte da obra do For Against pode ser categorizada como "indie rock" (apesar de eu achar esse um rótulo que não diz nada), esse EP em particular tem bases sintetizadas, com timbres que agradam ao público de minimal wave, misturados com aquela atmosfera post punk e um acréscimo de melancolia presente nos trabalhos iniciais da banda.

Não sem razão, das bandas que eu mostro aos amigos em geral, essa faz muito sucesso, vale a pena ouvir. Apesar de Amen Yves ser a faixa mais famosa, eu acho que Fate, do mesmo EP, é uma das melhores músicas que já ouvi até hoje.

O tão falado hit:





O lado A do primeiro compacto de 85:



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cover do Visage feito por Die Krupps + Client

Dia desses por algum motivo resolvi me perguntar que fim teria levado o Die Krupps, e ,entre outras coisas, aproveitei para ver o que achava no youtube. Eis que descubro "Der Amboss" - "The Anvil" no original em inglês do segundo LP do Visage. O que mais me surpreendeu foi que mesmo a versão original do Visage também é assim agressiva.

Ao que tudo indica esse cover saiu apenas no CD "Too Much History: Electro Years Vol. 1".

Vale lembrar que Die Krupps nem sempre foi metal, a fase dos anos 80 da banda começou querendo ser progressivo/kraut para virar algo parecido com NDW e depois caminhar para o EBM, o que culminou na clássica Machineries Of Joy, que tem participação especial do Nitzer Ebb.



Nazi Disco

Trio neozelandês de industrial do começo dos 90 que eu consegui - em algum dos meus escambos - com um dos membros da banda, com quem tenho contato até hoje por sinal. Reencontrei o CDR com três versões do "hit" da banda perdido no meio dos meus CDs enquanto mudava de endereço. A parte boa é que posso compartilhar isso, a parte ruim é que só existe isso deles para compartilhar. 
O baixista Mike Rea, com quem tenho contato ainda, hoje em dia se dedica ao seu projeto solo Reflex Condition.

Nazi Disco - Sin - 4:43 by Reflex Condition

Link:
Club Bizarre

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Best Of Virtual do Bourbonese Qualk


Banda clássica de industrial britânica, porém sempre obscura. Para quem gosta de coisas como Cabaret Voltaire e Test Dept. isso pode ser diversão garantida. Além das já esperadas músicas mais eletrônicas com vocais distorcidos e os ritmos não muito usuais, espere umas pitadas de kraut rock e de quebra uma peça para três guitarras acústicas (com efeito) em "Behind Closed Doors".

Essa seleção foi feita por um selo que faz bootlegs chamado "Anomolous Mind", que parece não existir mais, já que não achei traço dele, exceto pelo menção no blog do próprio Simon Crab do Bourbonese Qualk. Vale lembrar que essa selação só inclui faixas do período de 83 a 87, mp3 com bitrate de 228 e com direito a capa, o título é "Adventures in Forestry". Para baixar e ler a publicação onde achei, visite aqui.

Caso alguém sinta um súbito impulso de conhecer mais, o site oficial da banda tem quase tudo disponível em mp3 de boa qualidade e de graça.



Skin Deep, uma das faixas que eu gosto muito nessa coletânea (o LP inteiro em que ela saiu é muito bom!)



...e Shutdown, a que eu não sei como deixaram de fora...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

'Best Of' do AAAK lançado pela Electric Tremor


AAAK, ou As Able As Kane, banda inglesa do fim dos anos 80 - com discografia modesta em quantidade de títulos, porém notável pela qualidade - talvez seu sucesso dentro do estilo EBM na Europa continental seja parcialmente acidental. Graças o segundo álbum que foi lançado pelo selo belga Kk Records. Acredito que não fosse por isso, estariam fadados ao esquecimento quase completo hoje em dia. Com sonoridade agressiva e vocais gritados, lembra de longe Nitzer Ebb, mas não se deixe enganar pela comparação, AAAK está longe de ser clone de alguém, com muita originalidade e competência, são dignos de fazer parte de qualquer coleção.

Esse Best Of reúne no primeiro CD faixas dos dois álbuns lançadas entre 89 e 90, Bulding Scapebeat e Big Fist, respectivamente, mas com som remasterizado (chega de frustração com o som baixinho do Big Fist original!). No segundo CD estão faixas demo e também algumas ao vivo. Diversão garantida e nem custa caro.

Vale lembrar que, no Brasil, Concrete foi um hit que é lembrado até hoje.


Links:
Electric Tremor
Myspace
Facebook

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sai LP de cassetes do Neon Judgement


Recebi a notícia hoje por email: finalmente sai o LP Early Tapes do Neon Judgement, um relançamento incluindo os dois cassetes da banda na íntegra. Algumas das músicas já saíram antes em outros lançamentos, mas a maioria nunca esteve disponível em outro formato até então. Algumas faixas conhecidas estão presente em versões diferentes e não menos interessantes do que as versões finais, por Exemplo Sister Sue e Factory Walk. Para quem já gosta da banda, vale a pena conhecer a fase mais crua e agressiva.
Sendo mais um lançamento da Dark Entries eu esperaria ótimos resultados. As músicas foram remasterizadas diretamente das master tapes originais, o que garante uma boa qualidade final.

Tracklisting:
A1 Factory Walk
A2 Sweet Revenge
A3 Harem
A4 The Machine
A5 Army Green (WOIII)
B1 Schyzophrenic Freddy
B2 TV Treated
B3 Stay Mad
B4 Sister Sue
B5 On My Own

Outros lançamentos interessantes da Dark Entries na fila de espera:
  • Jeff and Jane Hudson - Everything 2xLP 
  • Vita Noctis - Collected Works 2xLP 
  • Nagamatzu - Sacred Islands Of The Mad LP

domingo, 25 de julho de 2010

Underground Belgian Wave Volume 1 LP



Depois de poder ouvir com a devida atenção, me julgo capaz de opinar sobre o que eu ouvi nessa coletânea. Em primeiro lugar uma introdução, trata-se de uma seleção de material que foi anteriormente lançado somente em cassete, salvo a faixa do Vita Noctis que chegou a sair em duas coletâneas piratas, uma delas a brasileira Black Sundays Vol. 2.

A maior parte dessas bandas não saiu do estágio cassete, de fato, apenas Vita Noctis, Danton's Voice e Schicksal chegaram a lançar algo em vinil, as duas últimas bandas lançaram material no estilo new beat. Vale frisar que Danton's Voice era projeto do mesmo nome por trás do White House White, Dirk De Saever.

No caso de Schicksal e Danton's Voice pode se dizer que fazer new beat foi uma evolução relativamente natural, já que a música repetitiva e de batida mais ou menos quadrada de ambos só precisava ficar sem vocais para tal, embora os sintetizadores baratos adicionassem um gosto especial à produção anterior de ambos. Diria que Ratbau também se enquadra nessa descrição, mas com uma sonoridade mais abrasiva do que os outros dois. Ratbau é um projeto menor de Dirk Serries, hoje em dia muito conhecido por suas produções de dark ambient sob o nome Vidna Obmana, que inclusive chegou a fazer duo com Marc Verhaeghen do Klinik em algumas obras do fim dos 80 e recentes.

M. Bryo é mais uma das maluquices de Mark Burghgraeve, sua outra banda também da geração cassete era o Somnambulist, ambos tiveram material relançado em 7" pela Minimal-Wave, o mesmo Burghgraeve foi vocalista nos dois CDs do Klinik que saíram pela Zoth Ommog nos anos 90. O som do M. Bryo pode ser descrito, praticamente, como industrial à moda antiga made in Belgiu, batidas repetitivas e com um toque tribal com base repetitva, na faixa Shift, ao fundo podem ser ouvidos samples de voz (provavelmente tirados de filmes) e ruídos distorcidos. A segunda faixa, com sua base pesada e harmonia de fundo abrasiva, tem vocais processados e batida repetitiva e distorcida.

Asmodaeus, apesar da cara de nome de banda de metal do mal, pode ser descrito como rock sintetizado à moda belga, mas sem guitarras ou baixo de cordas, dá para se imaginar essas músicas feitas com guitarra, baixo e bateria sem grandes dificuldades. Radiation Dance é quase uma baladinha, com batida mais ou menos lenta e vocais leves. Second Time is Different já tem uma energia mais raivosa, mais intensa e com vocais gritados em alguns trechos, mas ainda com aquela cara de rock feito com sintetizadores.

Emotional Violence, a coisa mais próxima de EBM dentro dessa coletânea, com as batidas e bases e até vocais acelerados, poderia facilmente fazer parte daquelas coletâneas "Technoclub" que saíram no começo dos 90 recheadas com bandas na fase de confluência entre EBM, new beat e techno. Para algo lançado em 85, acho que essa banda estava bem à frente de seu tempo, talvez seja impressão minha, mas vale conferir.

Vita Noctis dispensa maiores descrições, essa música em particular seria uma descrição quase perfeita do estilo minimal wave, por seus poucos e esparsos elementos repetitivos. Synthpop rudimentar levemente sombrio com vocais femininos feito com sintetizadores baratos seria uma descrição bastante apropriada. Paradeiro dos membros dessa banda, após lançamento do único EP, é completamente desconhecido para mim.

sábado, 17 de julho de 2010

Dark Day & Chromatics

Continuando no assunto Dark Day, Chromatics fez um cover bastante interessante da música título do compacto de estréia do Dark Day, "Hands In The Dark" de 79. Não se parece muito com a original, mas acho que fica mais interessante quando fazem releituras diferenciadas da original, no caso, essa versão é meio disco. Saiu pela primeira vez em 2007 na coletânea After Dark.



sexta-feira, 16 de julho de 2010

LPs da Dark Entries

Querido diário, hoje chegaram os dois LPs que comprei da Dark Entries, foi uma emoção muito grande para mim finalmente ter um LP do Dark Day e uma coletânea belga de material que só foi lançado até então em cassete décadas atrás.

Dark Day, a banda de no wave que já foi hit de new beat e hoje em dia é clássico entre os admiradores de minimal wave. Meu primeiro contato com o som obsessivo de Robin Crutchfield foi através do CD Collected 1979 - 1982, lançado pelo selo belga Daft Records em 1998, hoje em dia provavelmente esgotado. Crutchfield, antes do Dark Day, fazia parte da banda DNA - boa mostra de como fazer música esquisita com guitarra - como tecladista, por ter interesses musicais diferentes, ele preferiu formar o Dark Day, que passou por várias fases até lançar o LP Window que é quase que totalmente eletrônico, sombrio e minimalista quase ao extremo por conta da simplicidade e da repetitividade.


A coletânea Underground Belgian Wave Volume 1 tem uma seleção bastante interessante de material que, em grande parte, até então só foi lançado oficialmente em cassete. Para quem gosta daquelas bandas belgas esquisitas que ficavam entre o industrial, EBM, minimal wave e sabe-se lá mais o que, é diversão garantida. Destaque para: M. Bryo que era coisa do Mark Burghgraeve, também envolvido com Somnambulist e vocalista do Klinik na fase da Zoth Ommog; Vita Noctis que até chegou a sair em uma das coletâneas Black Sundays aqui no Brasil e, de brinde, Danton's Voice, outro caso de hit de new beat acidental - do mesmo Dirk De Saever do White House White.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Cassetes do Neon Judgement finalmente em LP

Recebi hoje por email notícia de que a gravadora Dark Entries lançará um LP do Neon Judgement com o título Early Tapes, ou seja, parece que finalmente teremos o material das duas primeiras demos do NJ em formato mais interessante. A data prevista para o lançamento é agosto desse ano. Esperemos pelo resultado.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Smersh

"Mike Mangino e Chris Shepard começaram a gravar juntos em 1979 e passaram a lançar cassetes como Smersh em 1981. Smersh era uma reunião em noites de segundas feiras onde ambos gravavam trechos improvisados, foram lançados incontáveis cassetes pelo selo deles, Atlas King."*

Provenientes de New Jersey, Smersh era a combinação de instrumentos eletrônicos baratos com guitarras distorcidas em produções caseiras improvisadas que eram tocadas apenas no ato da gravação e jamais tocadas ao vivo. Quem imaginaria que uma banda assim sobreviveria ao teste do tempo até hoje? A variedade de sons que produziram faz a descrição uma tarefa no mínimo complexa, essa variação estilística incluía desde electrofunk a músicas que poderiam fazer parte de coletâneas de punk rock. A certeza é que Smersh faz sucesso entre os que gostam de industrial e minimal wave em especial, tendo aparecido em diversas coletâneas de ambos estilos. Do começo dos 80 até hoje, foram lançados muitos álbuns em cassete, alguns em vinil e CD - geralmente um apanhado do que saía em fitas - e até hoje ainda saem alguns lançamentos em CDR, tanto pela gravadora do próprio Mike Mangino, Mirandette Popular, quanto pela alemã Discos Veveos. Para os que tiverem curiosidade, nesse ano foi disponibilizado um best of virtual pelo site Free Music Archive. Mike Mangino até hoje produz música sob alguns outros nomes, o trabalho dele pode ser acompanhado e até comprado aqui, inclusive ocasionais (re)lançamentos do Smersh. Para uma seleção generosa de títulos do Smersh em mp3, visite aqui.
Obs: não confundir com a banda russa de grindcore homônima.

*tradução de texto publicado no site free music archive





quinta-feira, 8 de julho de 2010

PORTION CONTROL "PROGRESS REPORT 1980-83"7LP Metal-Box w. T-Shirt/DVD/Book lmtd.600

E finalmente sai o box do Portion Control que eu tanto esperei, o que vem dentro da caixa o título acima já diz, não é pouca coisa, e ainda tem uma edição especial para "membros" da gravadora que vem com um 7" que contém faixas do primeiro cassete lançado pela banda. Indo direto ao que interessa, esse box contem muito material inédito e também coisas que só saíram em cassete até o momento atual, desnecessário dizer que eu quero muito um desses para mim, ainda que custe 114,99€, não é um preço absurdo levando em conta tudo que vem dentro, mas ainda tem o frete! Vale a pena conferir, nem que seja na base do mp3, pois muita coisa desse box nunca foi publicada antes, e isso inclui a fase mais industrial/minimal e variada da banda, não posso comentar sobre todo o material nos LPs ainda, pois boa parte não tive a chance de ouvir, mas só pelas fitas Gaining Momentum e Dining On The Fresh, e pelo primeiro LP, I Staggered Mentally já vale a pena. Segue a lista do que cada LP contém.

LP1A: MC: Gaining momentum (1981) IP.001: (Por Con. 002)
LP1 B: MC: Dining On The Fresh. (1981) Tape + 7" flexidisc (Por Con 003/004)
EP/Vinyl Surface And Be Seen: (1982) In Phaze Music: (Por Con. 006)
LP2A MC: Private illusions No.1 (1981) ( Por Con 005)
LP2B MC Private illusions No.2 (1982) (Por Con 007)
LP3A/3B: LP: I Staggered Mentally (1982) (In Phaze Music CP0073A)
LP4A MC: With mixed emotion (1982) In Phaze Records
LP4B MC: A-MAG /Shot in the belly 1980-1983 (1983) Third Mind. TMT.07:
LP5A Video soundtrack (1982) (Por Con 008) (28,53)
LP5B Assault (86) ALL1 (For All and None). LM 001 Hilversum 1982
LP6A: A Selection of unreleased, demos, obscurities and alternative Versions
6B A Selection of Compilations-Tracks 1981-1983
7A Progress Report 80-82 7B Progress Report 80-82

sábado, 3 de julho de 2010

V-Sor, X

Banda de formação (sempre em torno de Morgan Bryan) e sonoridade variada que existe desde 79, com um hiato entre 89 e 05. A descoberta da reativação da banda foi algo que aconteceu hoje e uma grande surpresa para mim. Para variar um pouco, outra banda que saiu na série Flexi Pop, porém, ao contrário de muitas, V-Sor, X possui bastante material interessante, o estilo varia conforme a fase, geralmente entre post punk e minimal wave.
Apesar das restrições orçamentárias que sofriam, o talento dessa banda ficava evidente com a habilidade que demonstravam nas composições e até mesmo nos vocais, eu apostaria que Morgan Bryan fez parte de coral de igreja ou algo assim, pelo menos em alguns momentos, como no final da faixa Euromantic, dá para se ter essa impressão.
Apesar de uma certa quantidade de material lançado durante os anos 80, tanto em vinil quanto cassetes, hoje em dia o que temos é apenas um CD chamado "A Strip Of Light But Still Too Dark", lançado pelo selo alemão Genetic Music. Esse CD contém músicas de 81 a 86, algumas lançadas previamente em cassete, outras inéditas. É bem interessante a variação entre as músicas, desde as mais eletrônicas agitadas, ou nem tanto, quanto algumas que são basicamente cordas, teclado de fundo e vocais. No site deles dá para se ter uma idéia melhor do estilo de todo o material que já produziram, inclusive as músicas das fases menos eletrônica e o material recente (que eu achei promissor).



terça-feira, 22 de junho de 2010

Iron Curtain - Artifact LP

Depois de um tempo, talvez meses, flertando com esse LP eu finalmente consegui um para mim. Pensei que já estivesse esgotado de vez, mas com um pouco de paciência sempre dá para se conseguir, achei uma cópia com um vendedor japonês no gemm.com, fazia tempo que não comprava nada lá, mas dessa vez dei sorte. Demorou mas finalmente chegou hoje. Esse LP é feito somente de material gravado ao vivo no começo dos anos 80, ainda mais rudimentar do que o material deles anteriormente conhecido, porém não menos interessante. Mais eletrônico e com menos uso de guitarras, das faixas conhecidas anteriormente, levamos de brinde versões mais antigas de The First Punk Wars e The Condos.
 



Letra:

start your planning for the future
leave uncertainty behind
dying's just the unknown
death is really in your mind

it's not a question of belief
it's all here in black and white
i'm going to the condos
and that's my afterlife

i'm goin to the condos
me and all my friends
we'll move into the condos
our lives will never end

i saw the end was coming
and there i had a choice
of going to the condos
or of living in a void

but i just could never see
returning to a void
where's the fun in nothing
nothing cannot be destroyed

i'm goin to the condos
me and all my friends
we'll move into the condos
our lives will never end

i'm goin to the condos
i'm goin to the condos
i'm goin to the condos
i'm goin to the condos

quarta-feira, 16 de junho de 2010

New Beat (?) mix

Um achado interessante que um amigo me passou, acho que a maioria já ouviu falar de "mixtapes", talvez só quem seja muito novo não conheça. Mas enfim, tratam-se de fitas com setlists mixados por DJs. Essa fita em particular é MUITO interessante por ser um set feito só com bandas de estilos variados que eram utilizadas para fazer sets de new beat antes que surgissem artistas produzindo música dentro do estilo em si. Não existe uma data exata para esse setlist, provavelmente ele é de 87, país de origem, Bélgica, claro. Por conta desses sets eu cheguei a conhecer muitos dos artistas que gosto até hoje, Severed Heads e Carlos Perón por exemplo. Link original + download aqui.

Lado A

He Said - Pump
Vicious Pink - The spaceship is over there
T.A.G.C. - Big Sex
Ministry - The Angel
Severed Heads - The ant can see legs
Eurythmics - Monkey monkey
Alan Rankine - Rumours of war
Simple Minds - League of nations
Blancmange - The game above my head
Westworld - Sonic boom boy

Lado B

Carlos Perón
- Nothing is true
Brian Eno - David Byrne - Regiment
Robert Palmer - The silver gun
Jah Wobble - How much are they
Fingerprintz - Wet job
Signal Aout 42 - Pleasure and Crime
Severed Heads - Now an explosive new movie
Crash Course in Science - Flying Turns
The Neon Judgement - TV Treated
Peech Boys - On a journey

domingo, 6 de junho de 2010

Poésie Noire ameaça lançar novo álbum

Isso ocorre desde 2004, mas dizem que dessa vez é de verdade (antes não era?). Eu confesso que meu ceticismo quanto a esse novo lançamento não pode ser negado, normalmente me animo com material novo de bandas antigas, exceto durante os 90, quando um medo hediondo tomava conta do meu ser. Cheguei a ouvir algumas músicas novas no myspace da banda, nada muito empolgante, mas não traumatizante pelo menos. Misteriosamente, essas músicas foram retiradas do site desde a última vez que vi, mas agora pode ser ouvida lá uma versão nova de Uncertain Smile que, a meu ver, está bem interessante, imagino que a chance de fazerem algo pior do que o TBX é quase nula.
Para quem não conhece, Poésie Noire é a banda que lá fora era vendida como EBM, aqui como gótica e na verdade sempre foi new wave, pop, tanto faz. Os "best of" não oficiais deles lançados por aqui são uma amostra bastante polarizada do que a banda realmente fez, mas ainda assim, são melhores do que nada. A coisa mais engraçada até hoje foi que Jo Casters e Herman Gillis juntos com Roland Beelen (um dos fundadores do selo Antler Subway) formavam o trio de produtores Morton, Sherman and Belluci respectivamente. Esse trio publicou uma quantidade impressionante de material durante a onda de new beat na Bélgica sob vários nomes diferentes, dentre os mais populares: Taste of Sugar e Erotic Dissidents, ambos com temática e samples de cunho pornográfico em um festival de duplo sentido. Obviamente esse estilo de música divide opiniões, mas é um fato. Para ilustrar devidamente a diferença...


Notável a diferença, não?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Neon Judgement

Essa matéria foi escrita baseada em uma entrevista que conduzi com a banda em 2005 para o finado site do Projeto SOD. Uma amiga me procurou repentinamente perguntando se eu não queria realizar a tarefa em questão, pois ela não teria tempo para a mesma e ainda achava que eu seria alguém adequado para tal coisa. O site saiu do ar antes de poder pôr a matéria no ar, e depois de um tempo na "gaveta", resolvi procurar outro site para publicá-la, e ela está até hoje no fiber on line. Leia o texto na íntegra abaixo.

Neon Judgement foi uma daquelas bandas que começou de forma despretensiosa, mas que acidentalmente acabou se tornando uma grande influência por gerações. Uma banda que tinha como maior objetivo conseguir lançar um LP. Partiram para a formação de apenas synth e guitarra meramente pela praticidade. Um belo dia os dois membros principais, Dirk Dadavo e TB Frank se cansaram de ter problemas com outros membros e ao ver que as coisas não saíam do lugar, simplesmente dispensaram todos os demais. Maravilhados com as possibilidades de autonomia que fazer música com sintetizadores trouxe no começo dos 80, resolveram fazer música apenas os dois. Ao serem perguntados sobre o estilo que pretendiam seguir quando começaram a fazer música, a resposta foi bem simples: nenhum, apenas queriam ter uma banda, como quase todos jovens daquela época. A banda na verdade não se considera como sendo EBM, nem gótica, apenas um pop mais sombrio. Confirmando que gravadoras como a “Play it again, Sam!” e a “Antler Rercords” pegaram carona no sucesso do Front 242 que inventou o nome EBM e venderam todas suas outras bandas que se utilizavam de sintetizadores mais do que outros instrumentos como EBM. Porém essa ingenuidade juvenil custou caro à banda, que teve problemas contratuais com a gravadora belga “Play it again, Sam!”, mas nos dias atuais essa questão contratual está resolvida. Frank disse preferir não comentar a respeito disso, pois ele já dirige um Jaguar e tudo vai bem em sua opinião.
Muitas vezes temos idéias fantasiosas sobre como surgem as bandas, seguindo influências de outras bandas que parecem mágicas, ou algo assim. No caso do Neon Judgement não houve grandes influências, eles se consideravam apenas jovens normais de suas épocas, que curtiam disco e Pink Floyd nos anos 70 e ouviram o boom da música eletrônica no começo dos anos 80, e aparentemente por acaso, fizeram parte dele. Essa influência se estendeu até os dias de hoje, quando questionados quanto à onda de remixes, eles disseram gostar de alguns resultados e contaram que não procuraram ninguém para fazer os remixes. Todos os produtores apareceram por conta própria se oferecendo para a tarefa. Uma prova da influência que a música eletrônica dos anos 80 teve sobre nomes da música eletrônica atual tais como Terence Fixmer, Tiga e The Hacker. Como ressalva, Frank disse que os remixes devem conter algo da música original e não serem algo totalmente novo.
Falando sobre projetos futuros, a banda não tem planos de lançar novo material nos próximos anos. De acordo com Frank eles ainda lucram com o material dos anos 80. Mas a possibilidade de outro Box Set surgir ainda é cogitada. Dirk disse que a idéia original do Box era que ele tivesse um CD com as músicas mais pesadas e outro com as mais melódicas.
Para quem quer conhecer a banda, a melhor forma de se começar é recorrer aos CDs “The First Judgements” e “General Pain & Major Disease”. First Judgements é uma seleção das músicas que foram lançadas nos singles da primeira metade da década de 80; General Pain é um best of incluindo faixas da fase inicial e dos dois primeiros álbuns da banda Mafu Cage e Horny as Hell.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Os sobrinhos de Darth Vader

Considerado "one hit wonder", Warning é uma daquelas "jóias" raras com que a Neue Deutsch Welle* nos presenteou, new wave alemão e suas esquisitices. Eu mal me lembro como que o 12" dessa música veio parar nas minhas mãos, mas faz uns anos já, não sei se foi uma compra no escuro, ou se mal ouvi a faixa título e já gostei, o único "hit" dessa banda se deve a um seriado alemão "Tatort" (Scene of the Crime nos EUA), que existe desde os anos 70. A referência a Darth Vader se dá por conta desse visual nada chamativo que a dupla usava na época, coisas dos anos 80.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Nagamatzu relançado em LP

Nagamatzu era formado pela dupla Lagowski e Terraform, misturando sintetizadores com baixo e guitarra, no meio dos anos 80, para criar sonoridades industriais instrospectivas e viajantes. A banda lançou apenas dois cassetes e um 12" durante a década de 80 e em 2007 o próprio Lagowski disponibilizou um "best of" virtual em boa qualidade para diversão de muitos enquanto ainda não se pode ter em mãos a reedição vinílica do álbum "Sacred Islands Of The Mad" lançado originalmente em 86, no formato cassete apenas. Vale ressaltar que o selo responsável por essa edição, Dark Entries, tem uma lista bem interessante de títulos a serem lançados, e pelo que me consta com direito a remasterização, entre eles eu destacaria o LP Window da banda Dark Day, e o Teenage Demos do Leæther Strip, todos previstos para esse ano.
Andrew Lagowski permanece ativo no meio musical ainda produzindo música eletrônica de outros estilos, também pode-se destacar sua colaboração com Brian "Lustmord" Williams e o projeto conjunto deles, Terror Against Terror.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Minimal Wave

Texto escrito originalmente em 2008 para uma edição do Overclock Zine, de distribuição gratuita. Meu intuito foi suprir a ausência de textos sobre o gênero em nossa língua, pelo menos eu não achei nada do gênero na época, hoje em dia deve haver mais por aí.


Minimal Wave


Também conhecido como minimal synthpop e às vezes cold wave. Trata se de um estilo típico dos anos 80 definido por sons eletrônicos de timbragem metálica e relativamente poucas camadas (às vezes com a adição de outros instrumentos). Boa parte dos artistas eram obscuros mesmo na época, alguns se tornaram objeto de culto nos dias atuais por motivos diversos e serviram de influência para muitos dos artistas de hoje em dia. É fato que alguns poderiam ser classificados em outros rótulos populares contemporâneos tais como new romantic ou new wave, mas acabaram assim por conta da marginalidade e da produção crua.

Parte do status de cult atingido por esses artistas nos dias atuais é devido às coletâneas piratas espalhadas nos softwares de p2p, principalmente audiogalaxy (RIP) e soulseek. A pioneira dessas coletâneas foi a Tribute to Flexi Pop que desenterrou alguns dos artistas hoje mais notórios desse estilo, tais como Snowy Red, Aviador Dro, Pink Industry, Absolute Body Control e tantos outros. Hoje em dia gravadoras lançam coletâneas desse tipo oficialmente. No Brasil foram lançadas as coletâneas Wave Klub Klassix pelo selo Wave Propaganda.

Desde a segunda metade dos anos 90 têm surgido artistas fazendo música voltada para esse estilo, entre eles podemos citar Martial Canterel, Alien Skull Paint, Bakterielle Infektion, Echo West e muitos outros. É quase consenso entre os apreciadores que a música seja preferencialmente lançada em vinil, o que tem sido mais comum do que lançamentos em CD. Por conta desse crescente interesse, algumas gravadoras também têm se dedicado a relançar material antigo há muito esgotado. Alguns exemplos são as alemãs Vinyl On Demand e Anna Logue, e a americana Minimal Wave. Todas lançam apenas material vinílico em edições de altíssima qualidade, com direito a vinil de 180g e tiragens de no máximo 500 exemplares.

No Brasil, esse estilo tem se tornado cada vez mais conhecido. Nos últimos anos pessoas de várias partes do país têm mostrado interesse e até conhecimento do assunto. Na cidade de São Paulo, em julho de 2008, aconteceu a primeira festa com discotecagens inteiramente voltadas ao estilo de que tenho conhecimento, a “Mobília Errada”. Antes disso apenas podem ser mencionados alguns DJ’s que tocavam o estilo em festas ocasionais.

Bons lugares na internet para se informar a respeito do assunto são Minimal Elektronik que disponibiliza informações sobre os lançamentos além de ter uma lista enorme de bandas que já lançaram músicas no estilo, e o Minimal-Wave que além de fórum também é selo, o qual basicamente relança clássicos do estilo e muitas vezes até material inédito, além de distribuir material de outras gravadoras. Bons exemplos dos artistas lançados são: Oppenheimer Analysis, Martin Dupont, Das Kabinette e as coletâneas Lost Tapes e Found Tapes, todos em vinil.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Novas Aquisições

Nessa semana tive 6 novas aquisições chegando pelo correio, não, eu não ganhei na loteria, liquidações me possibilitam isso. O mais incrível de tudo isso é que já consegui ouvir os 6 CDs inteiros com a devida(?) atenção, alguns eu já conhecia de antemão, outros só agora fui ouvir com o devido cuidado, na ordem (ou quase)

Iron Curtain - Desertion 1982 - 1988 CD (2007)
Esse eu descobri por acaso muito tempo atrás na amazon, baixei no soulseek para ouvir e gostei muito, é mais uma daquelas bandas de wave que saiu na série Flexi Pop, no caso na A Tribute to Flexi Pop Vol. 4, não tenho certeza de qual versão da faixa Condos que foi a que saiu na coletânea, mas ambas são boas. O som da banda pode ser descrito como um synth mais rústico, porém bem produzido, com melodias bem elaboradas e riffs de guitarra e tudo isso sem ser meloso demais. O CD em questão é uma compilação de faixas que a banda lançou em vários singles e EPs no período de 82 a 88, tem também o LP Artifact lançado recentemente que eu imagino que contenha material mais antigo.

Im Namen Des Volkes - Volksmusik CD (2008)
Edição em CD do LP homônimo, porém com muitas faixas extra, esse é meu maior motivo para preferir uma edição em CD às vezes, o material no caso foi gravado entre 79 e 82. INDV é mais um dos muitos projetos do artista alemão Matthias Schuster, dentre outros podemos citar Bal Paré (bom demais!), Jeanette Und Das Land Z, Geisterfahrer e, é claro, seus trabalhos solo. Eu conheci esse projeto em particular por causa da faixa que saiu na coletânea Return Of The Banshee nos anos 90. O som do INDV pode ser descrito como um minimal synth mais agressivo e sujo, dá uma sensação de ter vindo direto do industrial dos anos 70. Também saiu na Flexi Pop...

Martin Dupont - Sleep Is A Luxury CD (2009), Hot Paradox (2009) CD
Aproveitando o preço baixo peguei dois álbuns da banda, originais de 85 e 87 respectivamente, agora estou aguardando o Just Because que é o único que falta, esse infelizmente não estava na promoção. Martin Dupont é uma banda de new wave francesa que hoje em dia virou cult em meio ao povo que curte minimal wave em vários cantos do mundo, olhando superficialmente, pela formação, um homem e duas mulheres fica difícil de não lembrar do Human League, mas acho que as semelhanças se limitam a isso e ao fato das bases serem totalmente eletrônicas, acho que nesse caso os vídeos da banda falam mais do que minhas palavras, It's So, e He Saw The Light, uma de cada um dos álbuns respectivamente:


Para variar um pouco, saiu com várias faixas em vários volumes da série Flexi Pop...

The Rorschach Garden - A Place For The Lost CD (2009)

O lado mais melódico de Philipp Münch também conhecido pelo barulhento Synapscape, TRG existe desde 1988, mas só veio a ter notoriedade na década 00, ao mesmo tempo em que ocorreu o boom do pop eletrônico novamente, com o electro clash ganhando notoriedade na mídia e ao mesmo tempo as bandas de minimal wave (que continuam até hoje) por trás dos bastidores. TRG é música eletrônica com resquícios dos anos 80 e ao mesmo tempo um ar do tempo presente, a banda adota temática e sonoridade robóticas com aquele ar futurista retrô sem soar datado. É um caso de banda que eu diria que só melhorou com o tempo.

The Buggles - The Age Of Plastic (2000)
A parte chata é descobrir que você pagou barato por ter comprado uma reedição antiga, mas ainda assim está valendo, a reedição de 2010 vem com 6 faixas a mais, mas enquanto eu tiver pelo menos Video Killed The Radio Star, Plastic Age,e Clean, Clean e demais clássicos do album original, ainda posso ser feliz. Original de 1980, esse reedição em CD, do álbum de mesmo nome, contém alguns do maiores clássicos da banda de new wave inglesa, dentre eles Video Killed The Radio Star que foi o primeiro videoclipe a ser exibido pela MTV (no tempo em que ainda passava música lá e não esses reality shows chatos).

terça-feira, 23 de março de 2010

release sobre Vomito Negro

Esse texto foi originalmente feito para um zine do Grupo Bella Noite publicado em 2009 quando a banda veio fazer um show no Brasil.

Vomito Negro, lenda do EBM Belga


O nome da banda Vomito Negro vem do estágio terminal da febre amarela, no qual o paciente infectado finalmente vomita seus intestinos já podres e morre. Em 85 foi lançado o primeiro LP da banda, que por restrições teve apenas um lado prensado. Com um início modesto, provavelmente os integrantes do Vomito Negro nunca imaginaram que um dia fossem atingir fama internacional dentro do meio EBM/Industrial e sobreviver ao teste do tempo. Criando música eletrônica agressiva e bastante característica com letras que abordavam a miséria humana, injustiças sociais e questões ambientais, a banda se tornou uma das peças importantes no que foi a era dourada do EBM na Bélgica. Em seu início, no ano de 83, o Vomito Negro contava com 8 integrantes, mas foi o duo Guy Van Mieghem e Gin Devo que produziu os maiores clássicos da banda e passou pelo Brasil no ano de 98, a dupla perdurou até o último álbum lançado, Fireball, de 2002. Atualmente, Vomito Negro é Gin Devo e Peter Mastbooms, que prometem uma performance ainda melhor que a feita anteriormente no Brasil.

this is a test

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